O último rugido do Leão

MANSELL 1995 espanhaHá 19 anos, o Leão, como era conhecido Nigel Mansell, dava o seu adeus à Fórmula 1. Isso aconteceu exatamente no Gp da Espanha de 1995.

Mansell havia abandonado as pistas em 1992, quando foi campeão mundial pela Williams. Em 1994, depois da morte de Senna, a Fórmula 1 precisava novamente um grande nome para a categoria e Mansell aceitou voltar. Com a Williams do brasileiro participou do GP da França (mas não completou a corrida). Depois disso só voltaria ao carro nas três últimas corridas do ano. Em Portugal abandonou, no Japão ficou em quarto e chegou a sua última vitória na corrida da Austrália, que fechava o Mundial.

Última vitória de Mansell. Berger foi o segundo.

Última vitória de Mansell. Berger foi o segundo.

Em 1995, aos 41 anos, o Leão decidiu permanecer na Fórmula 1 e foi para a McLaren. Depois de criticar o desempenho do carro (que só ele não sabia que seria horrível), decidiu não correr as duas primeiras corridas alegando que o cockpit da sua McLaren era estreito demais. No seu lugar entrou Mark Blundell. Na terceira etapa do Mundial o Leão voltou. Era o Grande Prêmio de San Marino, Mansell largou em nono e chegou em décimo.

Mansell na McLaren em 1995. Escolha errada?

Mansell na McLaren em 1995. Escolha errada?

Chegamos então ao Gp da Espanha daquele ano. No grid Mansell foi apenas o décimo (100 milésimos atrás do companheiro de equipe, Mika Hakkinen). Na largada Hakkinen pulou para sexto e o Leão foi caindo, caindo, caindo e completou a primeira volta em 15º. A queda não pararia por aí. Com problemas no monoposto, Mansell chegou a 18ª volta em último lugar, entrou nos boxes, parou o carro na garagem e abandonou a corrida. Terminou ali não apenas a prova, mas a passagem de uma das grandes figuras pela Fórmula 1. De 1980 até 1995 foram 31 vitórias, 59 pódios e um título mundial.

Para não dizer que ele nunca mais guiou um Fórmula 1, em dezembro de 1996 o Leão disse que gostaria de continuar correndo, mesmo aos 43 anos. Eddie Jordan resolveu, então, dar a oportunidade de um teste para Nigel, novamente no circuito da Catalunha, mas ele foi 4 segundos mais lento que a Williams de Villeneuve e quem acabou ficando com a vaga na Jordan foi o italiano Giancarlo Fisichella.

Mansell testando pela Jordan em 96

Mansell testando pela Jordan em 96

O tempo passou para Mansell, que mesmo assim continuou participando de corridas em outras categorias e, certamente, deixou saudades aos fãs da Fórmula 1. Grandes tempos.

Sobre Bruno Gerhard

Jornalista e outros mais, 32 anos, amante da Fórmula 1, de jogos de tabuleiros e de viagens. Escritor nas horas vagas.
Esse post foi publicado em História e marcado , , , , , , , , , , , , . Guardar link permanente.

Uma resposta para O último rugido do Leão

  1. João Paulo Santos disse:

    Grande Mansell que deixou saudades. Não era lá um belíssimo piloto mas era arrojado. Mostrava as GARRAS do leão. Ganhou em 92 só porque tinha o melhor carro, mas fez parte dos bons tempos da formula 1

Deixe um comentário